Crianças agitadas, idosos com dores, adultos estressados e ansiosos. Com a pandemia do novo Corona vírus, o covid-19, muitas pessoas estão buscando maneiras simples de se cuidar e cuidar da família em casa. Os óleos essenciais são uma verdadeira farmácia natural e podem ajudar a nível físico e emocional.
Atualmente é muito comum encontrarmos os termos Terapias Alternativas, Terapias Complementares e Terapias Integrativas. O objetivo entre essas práticas é o mesmo, ou seja, trabalhar com o ser humano de um modo integral, ajudando no tratamento do paciente como um todo e não as partes, buscando solucionar e descobrir qual a raiz do problema, agindo na causa e não somente nos sintomas. Essas terapias visam equilibrar corpo, mente e espírito. Algumas delas, inclusive, buscam informações mais profundas, avaliando hábitos e históricos de vida dos pacientes porque podem trazer respostas para as patologias e emoções instaladas. O que ocorre muito é a confusão entre o significado dessas práticas. As Terapias alternativas, como o próprio nome sugere, vêm para alternar um tratamento médico, como é o caso dos indígenas, por exemplo. Eles se utilizam apenas de atitudes naturais para tratar uma dor ou patologia. As Terapias Complementares aparecem como acompanhamento a um tratamento médico, como é o caso da homeopatia, uso de florais, fitoterapia e dietoterapia. Já as Terapias Integrativas servem para integrar um tratamento em andamento e potencializar as ações de alguns medicamentos, ajudando também o paciente a encontrar um equilíbrio entre os campos emocional, físico e espiritual. É o caso da massagem terapêutica, reiki, shiatsu, yoga, meditação, acupuntura e aromaterapia.
Entende-se aromaterapia como a terapia dos cheiros. Os aromas de flores, folhas, frutos e raízes são capazes de atuar diretamente no nosso sistema límbico, que tem relação direta com as emoções e os comportamentos sociais. Trabalhando com aromaterapia, estamos atuando diretamente com o sistema nervoso central do paciente, automaticamente, estamos falando de benefícios a nível sistêmico.
Essa prática atua nas memórias dos pacientes e é capaz de fazer com que o corpo traga respostas positivas a um tratamento de depressão e ansiedade, por exemplo. Equilibrando as emoções e, em alguns casos, atuando a nível celular. A base da aromaterapia são os óleos essenciais, que são substâncias naturais extraídas de plantas aromáticas, são essas substâncias que dão proteção a elas e ajudam na polinização, além de protegê-las contra insetos.
Há várias categorias dos óleos essenciais, entre elas podemos citar: energizantes, calmantes, revigorantes e aterradores. Existem estudos que indicam quais a propriedades, para que serve cada óleo e formas de uso desses produtos para diversas necessidades e problemas.
Com a pandemia muitas pessoas estão se cuidando em casa e é possível fazer uso dos óleos essenciais de maneiras simples e caseiras. Veja como:
Uso aromático, pingando uma gota de óleo essencial na palma da mão e inalando com as mãos em forma de concha, difusor elétrico, colar aromático, borrifador, limpeza de superfícies, para melhorar a qualidade do sono, pingar uma gota de OE com propriedade relaxante no travesseiro, ou em tapa-olhos antes de dormir.
Uso tópico: diluir os OEs em óleos vegetais para fazer automassagem, escalda-pés, banho de assento, massagem em crianças e idosos.
Uso cosméticos: diluir em óleos vegetais para preparar um sérum facial, diluir em argilas, shampoos e sabonetes, criar seu próprio desodorante.
Ingestão (essa forma somente com acompanhamento do terapeuta): através de cápsulas, com mel, água e sucos.
Para acalmar os pets, colocar OE no difusor elétrico ou borrifar nos pelos com os OEs bem diluídos em água filtrada.
Como escolher o OE: cítricos são revigorantes, acalmam crianças agitadas, com dificuldade para dormir, ajuda a controlar a ansiedade, auxilia nos estudos por que estimula a concentração, direciona o foco e purifica o ar. Os OEs relaxantes ajudam no processo de meditação e diminuem a insônia. Para pessoas com problemas respiratórios, indica-se melaleuca, alecrim, eucalipto, hortelã, limão e capim limão. Para problemas digestórios, usa-se laranja, bergamota, hortelã, gengibre e grapefruit. Dos OE com propriedades relaxantes, podemos citar a lavanda, olíbano, capim limão, gerânio, camomila (usar antes de dormir). Para dor: lavanda, cravo, canela, hortelã, alecrim (contraindicado para pessoas com hipertensão e epilepsia), erva baleeira, manjericão.
É importante consultar o site da ANVISA para saber qual a procedência do OE, se tem certificação, quanto à pureza das matérias primas, propriedades químicas dele, vidro cor âmbar, se está lacrado e se tem número de registro. Lembrando que essências são diferentes de óleos essenciais. Essências são substâncias sintéticas que tem o objetivo de perfumar o ambiente, como é o caso daqueles aromatizadores de ambiente com palitos. Os óleos essenciais são as propriedades puras das plantas aromáticas, são substâncias muito concentradas, com valores mais caros e tem objetivos de tratamentos terapêuticos, controle emocional e de dor. Os valores dos OE variam muito de acordo com o país de origem das plantas, as formas de colheita, quantidade de matéria prima utilizada, entre outros fatores. Por serem voláteis e extremamente delicados, é importante armazenar os OEs em locais protegidos da luz do sol e em ambientes secos.
Esse artigo foi produzido a partir da live feita no dia 29 de abril de 2020 através do Instagram, onde eu, Naila Ribeiro (massoterapeuta) entrevistei a Nádia Barros (aromaterapeuta). Ela que é professora e representante da marca DoTerra na cidade de Campinas - SP. O conteúdo abordado durante a live está disponível no YouTube.
Segue o link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=wAtgTz4iivQ&t=2s
Mais informações sobre formas de preparo de produtos naturais a partir dos óleos essenciais, entre em contato através das páginas do Instagram: @oleosdasplantas ou @nadiarbarros
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